PORTAL CEN - "Cá Estamos Nós"
A Maior Ponte Literária Entre Portugal e Brasil
MOSAICO
I
Aos vitrais,
heras e ladrilhos
brado o
sangrar de meus passos.
II
Ouço qualquer pássaro
num voo furtivo a quebrantar
meu silêncio ...
Alma?
I
Aos vitrais,
heras e ladrilhos
brado o
sangrar de meus passos.
II
Ouço qualquer pássaro
num voo furtivo a quebrantar
meu silêncio ...
Alma?
III
Tênues
as artérias talhadas pelo tempo
tornam opaco
o mosaico já de mínima espessura.
Bulbos e células em choque ...
O liso da pele
furtado...
O coágulo mudo.
Ossos, pulsações e
um resto de palavra
feito mordaça
em íntima hecatombe.
IV
Capricornianamente desenho
um epitáfio
(pois toda imagem permite devaneios)
mas é tarde.
V
Os cipós de nervos
esfarelam-se
e no olhar do grande nada...
Acabo.
Ivan Vagner Marcon
Os cipós de nervos
esfarelam-se
e no olhar do grande nada...
Acabo.
Ivan Vagner Marcon
http://www.caestamosnos.org/RevistaNovosTempos/Junho2013/TerceiroBloco.html
Sinto, ao ler esse poema uma metamorfose... Abandonar o velho, o roto, o peso de tudo que não foi, de tudo o que se extraviou... para se refazer novo, novas ideias, novas inspirações, novo criar, novo sonhar... Leve! Que a alma ainda respira muita vida e tem muito a dizer... muita poesia a semear... muitas glórias a comemorar... Trocar ? por !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Livre!
ResponderExcluirParabéns, poeta!!! Altos voos! Bjs
Cocoon... Mosaico... Um café com Nietzsche...
ResponderExcluirIvan, quem ler esses seus poemas mais recentes, na ordem cronológica das suas postagens (considerando Mosaico em 03/04/13) não terá dúvidas quanto ao meu sentir sobre o seu metamorfosear e os seus voos poéticos transcendentais. Não é mesmo, Nietzsche?
Bjs