FERRUGEM ABSOLUTA
I
I
Retalhada a poesia não brotará dos ramos...
Não de teus ramos...
Não hoje...
Ainda não.
II
Hoje a poesia
(pelas bermas, vãos e vias)
apenas paira soberana entre tua cultura...
De cana
e ferrugem absoluta.
III
Aguarda
(maior que é)
um dia
de tua escuridão
mesmo tolhida e espantada
florescer primaveril.
IV
Observa
o feto abortado
entre canteiros
o romper mimado
(e aos borbotões)
de outras ervas...
...
Serpentinas...
Peões...
Peões...
...Ivan Vagner Marcon...
Sempre as respostas são lindas... bjs More
ResponderExcluirBeijo Moreee...Estava um nó na garganta...
ResponderExcluirBravo...
ResponderExcluirLindo!! Faço minhas as tuas palavras..."Retalhada a poesia não brotará dos ramos..." Assim também os projetos artísticos, é uma pena...Beijo!
ResponderExcluirReitero, Ivan, com muito prazer:
ResponderExcluir"Porém, no coração do poeta a terra é fértil
e a seiva do verbo/verso inextinguível!
Retalharam-te, poesia, te escarnaram,
mas o teu poeta é forte e pródigo.
Dos retalhos dos teus versos,
num passe de magia, fez uma nova poesia!
E ainda que, hoje, falte a muitos o espírito
e a cultura necessária para te endenter,
o teu poeta, poesia, como a árvore,
continua a florescer, a florescer...
E um dia haverás, sim, de vencer
a escuridão tosca e fria.
Rasgar-te num papel é fácil, poesia.
Calar-te num poeta, quem pode?"
Bjs